A Brazileira de Braga abriu portas ao público num domingo, dia 31
de março de 1907, coincidindo a sua abertura com as manifestações de regozijo dos
moradores locais pelo início das obras de construção do edifício que se tornaria emblemático e que lhe está defronte, destinado às várias repartições públicas.
Pela iniciativa de Adolpho
d`Azevedo, um ilustre comerciante portuense, seu proprietário, A Brazileira
instalou-se no prédio que faz esquina com o Largo Barão de S. Marinho e a Rua
de S. Marcos (nºs 17-18 e 2-8, respetivamente), assumindo a condição de estabelecimento
especial de café do Brasil e
propondo-se vender e propagandear outros produtos brasileiros. A par deste objeto,
estendia a sua atividade à comercialização de especiais azeites, vinhos finos e de consumo da Parceria Vinícola de
Lavradores do Douro.
A imprensa local dava conta que,
num ato de invulgar promoção, a casa oferecia todos os dias, exceto aos
domingos, desde as duas horas da tarde até às oito horas da noite, uma chávena de
café, a todos os seus fregueses que comprassem pelo menos meio quilo do
referido produto.
Esta ideia inovadora profetizava
já um caminho de sucesso que hoje é possível confirmar. Passaram mais de cem
anos e apesar das múltiplas mudanças, de gerência, de hábitos, de regras de
mercado, continua a ser uma referência dos bracarenses e daqueles que visitam a
cidade. Por isso, foi justamente escolhida para figurar numa série de selos
alusiva aos “Cafés Históricos”, posta a circular pelos CTT nos finais do
passado mês de agosto.
De parabéns estão os atuais
proprietários, que em tempo oportuno apostaram em dar vida a uma casa que
parecia agonizar; os seus fiéis clientes; todos os bracarenses e a cidade de Braga.



