Quem não visitou a “Portugal 2010” que hoje encerrou, perdeu a oportunidade única de apreciar e ver reunidas as mais fabulosas e valiosas colecões filatélicas do mundo, que pela primeira vez se exibiram no nosso país.
Tendo por motivo a comemoração do centenário da implantação da república, assunto por si só suficiente para a elaboração e o aparecimento de vários estudos e acervos temáticos, coube à iniciativa conjunta dos CTT e da Federação Portuguesa de Filatelia, com o patrocínio imprescindível da FIP (Federação Internacional de Filatelia), da FESA (Federação Europeia de Associações Filatélicas) e da AIJP (Associação Internacional de Jornalistas Filatélicos), levar a cabo tão importante e prestigiante evento para Portugal e particularmente para a filatelia portuguesa.
Aberta a todos, foi naturalmente a pensar em todos a determinação do local para o evento - a FIL. Excelentemente localizada, para os de Lisboa e para os que vivem fora dela, beneficia de espaços modernos, bem estruturados e redimensionados e de acessibilidades ímpares .
O material exposto trouxe ao comum dos filatelistas e ao público leigo, a oportunidade de contemplar espécimes raros, valiosos, primorosamente tratados e seriados, fruto de árdua pesquisa, significativos suportes financeiros, mesclados com imensa perseverança, teimosia e dedicação e fonte de forte manancial de conhecimento, cultura e história.
Como bracarense congratulo-me com a participação de dois importantes filatelistas conterrâneos, meritoriamente medalhados, um na temática de “Comboios” (J.Alves) e outro em aerofilatelia com “Zeppelins” (J.Costa).
Por último, faço aqui um reparo sobre a atitude oportunista evidenciada por algumas administrações postais, que provavelmente pretenderam transpor para os visitantes o custo da sua presença, ao cobrarem importâncias que considero exorbitantes, na franquia da lembrança da exposição, que é o Passaporte Filatélico. A esse propósito, era importante saber qual o peso de 2 euros (valor cobrado por S. Tomé e Príncipe, p.e., mas não foi caso único) no salário médio de um natural.
Aspeto parcial da exposição

